Farmácia Normal

Cuidados de Saúde / Baixa

  • © Lojas com História
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 Em 1890 existia neste espaço a Farmácia Costa, e só em 1905 abre portas como Farmácia Normal. O nome tomou-o emprestado do Laboratório Normal, que ali tinha morada, criado pelo Dr. Mourato Vermelho. Este farmacêutico foi alguém que ascendeu a pulso, tinha trabalhado numa botica em Angra do Heroísmo desde os 10 anos e, quando veio para Lisboa, foi aceite na Barral. A Farmácia Barral gozava de um grande prestígio. Funcionou como uma escola, mas Mourato Vermelho ambicionava um negócio próprio, para o qual foi sempre amealhando. Os primeiros tempos de realização desse sonho, já na Farmácia Normal, provaram-se difíceis economicamente. Era necessário mais que vendas ao balcão para aguentar o negócio e o Dr. Mourato Vermelho, empreendedor, começou então a criar produtos industrializados, sendo pioneiro nas formas parentéricas, cuja administração é feita por qualquer via que não seja a oral ou intestinal, prática que não se utilizava na época.

É um olhar mais atento que nos permite desfrutar dos vestígios da farmácia mais antiga e, sobretudo, da forma como se faziam os manipulados, com uma série de frascos e utensílios que hoje adquirem um carácter de espólio, encantatórios. Do espólio fazem parte, por exemplo, livros antigos com fórmulas e receitas manuscritas, e cadernos de apontamentos vários, relacionados com a actividade da farmácia. Uma curiosidade: no documento ou título de registo de nome do estabelecimento, datado de 1896, é possível encontrar o carimbo da República Portuguesa sobreposto ao símbolo da monarquia… os vários tempos das várias Lojas Com História sobrepõem-se, justapõem-se, acumulam-se, guardam-se em gavetas, expõem-se na montra – o importante é que não se percam.
Outros destes utensílios, pedaços do espólio, estão em montra logo à esquerda de quem entra, e outra boa parte está guardada nos bastidores de serviço, onde o cliente não vai. O cliente, caso necessite, pode passar para uma sala de consulta que há ao lado, sendo que o espaço de atendimento é no fundo um dos vários espaços da farmácia. Neste espaço, atente nos tectos trabalhados em estuque e nos armários de madeira, os mesmos do projecto inicial; apenas as portas de vidro foram retiradas para facilitar o acesso aos produtos.

Conteúdos: Lojas com História

Informações
Meios de pagamento em loja

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    Baixa

    Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.

    Farmácia Teixeira Lopes

    Cuidados de Saúde / Baixa

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    Na esquina, uma pedra escrita em letra cursiva. Dois irmãos, ele na gestão e ela na direção técnica, mantêm em 3 ª geração um negócio fundado em 1911. Remodelada em 2004, os armários de origem, pintados a branco, as pedras antigas, a balança e o medidor de tensão eletrónicos, ligam o novo ao antigo.

    O espaço da farmácia é praticamente todo contornado por expositores/armários em madeira pintada com envidraçados, que preenchem o espaço do chão ao teto. Estantes baixas, com tampos em mármore, encimadas com estantes mais altas.

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    Meios de pagamento em loja

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      Baixa

      Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.

      Ferragens G.Lemos, Lda

      Bricolage / Baixa

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      Os 4 funcionários atrás do balcão não têm mãos a medir para tanto pedido. Os clientes revezam-se e vão chegando. As solicitações são da mais variada ordem, profissional e amador, grandes e pequenos trabalhos, projectos domésticos e agrícolas, gente expedita e quem não tenha qualquer entendimento sobre aquilo que vem à procura, e a todos os funcionários procuram aconselhar e esclarecer dúvidas.

      Com uma escolha vastíssima de artigos - mais de vinte e cinco mil produtos distintos – é uma referência. A sua lista de clientes inclui entidades públicas e privadas, como a CML, a Guarda Nacional Republicana e a Santa Casa. É também a única loja de ferragens sobrevivente das antigas lojas ligadas a este ofício que existiram na Rua da Madalena e Fanqueiros, hoje extintas.
      A firma Viúva C. Ferreira Pires, Lda existe desde 1948, sempre dedicada à venda de ferragens e ferramentas, mas esta loja só a inaugurou mais tarde, em 1970. Nos anos 80 houve obras de expansão do espaço, e é em 82 que a firma muda de nome para a denominação actual.

      Conteúdos: Lojas com História

      Informações
      • Rua da Madalena, 101 - 107
        1100-319 Lisboa
      • Segunda a sexta-feira das 11h às 19h e Sábados das 9 às 13h
      • ferragens.g.lemos@gmail.com
      • 218 866 319
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        Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.

        Joalharia/Ourivesaria Araújos

        / Baixa

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        João Carlos Araújo trabalhava na vizinha Ourivesaria Sarmento, também Loja Com História, quando se deu conta de espaço vago onde decidiu abrir o seu próprio negócio. Corria o ano de 1878, e a loja permanece até hoje em mãos de descendentes, chegando a Clarisse Mota, bisneta do fundador. Uma das paredes da loja é reservada aos retratos desta genealogia comercial.

        Os artigos em exposição são maioritariamente ourivesaria tradicional portuguesa, mas também aqui encontramos cópias de jóias antigas, trabalho em filigrana, molduras e salvas de prata, relógios, pequenas estatuetas e medalhas religiosas. Mantém alguns fornecedores há mais de seis décadas e, mesmo com os mais recentes, promove relações de continuidade, tanto no que concerne fornecedores quanto com os clientes. Ou, sobretudo, com os clientes. O espaço, de dimensões modestas, é enaltecido por um tecto singular, de autoria de Domingos Costa, em tela pintada a óleo rematado por sancas decoradas com motivos florais.

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          Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.

          Ourivesaria Dollar

          Joalharias e Relojoarias / Baixa

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          No domínio da Ourivesaria, é com orgulho e carinho que a Ourivesaria Dólar tem um espaço exclusivamente dedicado ao antigo e denominado: “Ouro com História”. Um verdadeiro ex-libris da história da ourivesaria tradicional portuguesa que está disponível ao público através de peças de época únicas pela sua raridade, excêntricas pela sua imponência e soberbas pela magnitude da sua criação, através das quais se conta muito da história do ouro em Portugal.

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          Informações
          • Praça da Figueira, 7B
            1100-240 Lisboa
          • Segunda a sexta das 10h às 13:30h/ das 14:30h às 18:45h/ Sábados das 10h às 12:30h
          • ourivesaria.dolar@sapo.pt
          • 213 428 304
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            Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.

            Leitaria A Camponeza

            Restaurantes / Baixa

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            Pelo menos três das Lojas Com História (a Manteigaria Silva, A Minhota, e esta) falam de um tempo em que os lacticínios eram comprados em lojas especializadas na venda de manteiga, as manteigarias; e de leite, as leitarias. Estas, não raras vezes, tinham mesmo uma vaca no local, como se pensa ter sido o caso da Leitaria A Camponeza. As pessoas vinham com os seus próprios recipientes e levavam leite directamente da vaca.
            Já foi posteriormente a estes costumes que José Domingues Diogo fundou a Camponeza, em 1907. Aproveitou a clientela que já ali se reunia em torno dos hábitos lácteos e cria fama. Décadas mais tarde torna-se num café, e hoje em dia funciona como restaurante. A actual proprietária tomou conta da loja em 2011. Esta data corresponde a uma remodelação significativa do espaço que, no entanto, salvaguarda os elementos mais importantes que caracterizam o restaurante, sobretudo os painéis de azulejos na fachada e no interior, e a decoração em relevo no tecto, nas vergas e traves-mestras, de inspiração Arte Nova.

            É referida sobretudo a música: nos anos 80, contam-nos que Vitorino e Janita Salomé vinham frequentemente lanchar. Os alunos das belas-artes e artistas mais jovens beneficiavam muitas vezes do clima de confiança, de tal forma que ainda se praticava o “livrinho dos que não pagam”, noutros lugares chamado de “fiado”. Além dos clientes de sempre cirandava por ali um gatinho, que era da casa, e se chamava Camponês. O Camponês teve os seus quinze segundos de fama em alguns planos a si dedicados nas “Recordações da Casa Amarela”, de João César Monteiro. Mas mais nostálgico que isso, pelo menos para quem teve infância nos anos 80, é saber que aqui foi filmado o anúncio das bombocas em que o Pai Natal quer porque quer entrar numa certa loja onde estão as suas bombocas, aquelas que supostamente vai oferecer mundo afora, e o funcionário da loja lhe responde a mítica frase: “Ah, bombocas! Só há estas, são para mim!”. A porta onde o pai Natal vai bater não é na Baixa da Lapónia, mas na nossa Camponeza.

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              Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.

              Cutelaria Polycarpo

              Casa e Decoração / Baixa

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              António Polycarpo, nascido em 1788 (na freguesia de Benedita, concelho de Alcobaça), foi o fundador de uma oficina de cutelaria em Lisboa em 1822/1825 (1822 é o ano mencionado em várias referências sem prova documental e 1825 segundo a sua biografia, datada de 1856). Anos antes iniciou-se como aprendiz de cutileiro, recebendo instrução da parte de um mestre francês (Charniére); mestre que possuía na Rua Formosa uma oficina de cutelaria onde deu formação a muitos outros jovens que mais tarde se iniciaram na arte por conta própria, tal como aconteceu com Polycarpo. 

              Depois de participar em campanhas militares pro liberalismo, e vindo a combater na guerra civil, veio a estabelecer o seu negócio na Rua de São Nicolau onde chegou a empregar 100 operários (entre oficinas e 3 lojas na mesma Rua, nos números 25 a 31). Mais tarde viria a fundar outra oficina revelando a elevada prosperidade do negócio. Trata-se de uma das primeiras lojas/oficina de cutelaria de Lisboa, tendo funcionado desde a origem na mesma morada. A esta cutelaria referem-se variados textos e menções em artigos de imprensa ao longo do século XIX e seculo XX.

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              Informações
              • Rua de São Nicolau, 25
                1100-547 Lisboa
              • Segunda a Sábado das 10h às 19h
              • polycarpo@sapo.pt
              • 218 866 205
              Meios de pagamento em loja

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                Baixa

                Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.

                A. Molder

                Galerias de Arte / Baixa

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                Augusto Molder tinha chegado a Portugal uns anos antes da Segunda Grande Guerra, vindo da Hungria. Em 1943, em plena guerra, cria esta loja, comprando e vendendo selos a partir de sua casa e, logo a seguir, da actual morada. Da sua janela é possível ver a estação do Rossio, onde chegavam vindos de toda a Europa os estrangeiros que procuravam a paz que advinha da neutralidade portuguesa no conflito. A. Molder foi também um dos fundadores do Clube Filatélico de Portugal, do qual esta loja é sócia nº1.

                Em 1947 nasceu o actual proprietário, o renomado fotógrafo Jorge Molder. O pai passou a empresa ao filho no dia do nascimento. É também neste ano que aqui começa a trabalhar Carmina Correia, somando hoje mais de 70 anos de casa. Juntou-se depois Luís Santos, e juntos são a salvaguarda de um saber-fazer específico, o delicado ofício de tratar, recuperar e catalogar selos; assim como partilham o seu amplo conhecimento dos fascínios e vicissitudes do negócio. Esta é uma das últimas lojas dedicada à filatelia.

                Informações
                • Rua 1º de Dezembro, 101 3º
                  1200-358 Lisboa
                • segunda a sexta das 15:30h às 19h
                • a.molder@sapo.pt
                • 213 421 514
                Meios de pagamento em loja

                  Bairro

                  Baixa

                  Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.

                  Au Petit Peintre

                  Supermercados (mercearias, minimercados, frutarias) / Baixa

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                  Antes de se deixar levar pelo sem-fim de objectos e imagens e gravuras e molduras e tudo o que sequestra o olhar nesta loja, comece por olhar para o chão. Sim, para o chão. Para a pedra, onde ainda são visíveis as marcas dos cascos de vaca. Pegadas de uma Lisboa desaparecida, em que as pessoas vinham com o seu recipiente próprio buscar leite directamente à vaca. Com o tempo, desaparecem as vacas e nutrem-se outras formas de apetite – a fome de beleza também é um tipo de fome. Em 1909 já se serve a arte e as manualidades, e nos anos 20 funciona aqui a tipografia que edita “O Jornal da Mulher”, uma publicação única no seu género, distribuída pela cidade numa carroça. Também havia então fome de emancipação – e ainda há... 

                  Sobrevive a tudo isto a simpatia e o entusiasmo de José Dominguez, que chama à sua loja um “museu vivo”, e nos fala longamente dela enquanto tal. Esta expressão relaciona-se com a panóplia de objectos que ali estão pela riqueza do espólio, produtos de antigamente; mas também pela maioria das pinturas em exposição que, não obstante poderem ser compradas, são uma forma de promover e dar a ver o talento de alguns clientes da loja. 

                  Entre histórias e memórias, é possível encomendar uma moldura, comprar lacre e sinetes, cartas timbradas, tintas para carimbo, tintas de escrever, todo o tipo de artigos para pintura e para desenho, mas também para o escritório e para a escola; papéis químicos, antigas sebentas e cadernos diários. 

                  Conteúdos: Lojas com História

                  Informações
                  • Rua de São Nicolau, 104
                    1100-549 Lisboa
                  • Segunda a sexta das 9h às 14 e das 16h às 19h/ Sábado das 9h às 13h
                  • arte.dominguez@gmail.com
                  • 213 423 767
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                    Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.

                    Casa Buttuller

                    / Baixa

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                    Se desenhar um triângulo entre três Lojas Com História vizinhas, todas elas especializadas em ginjinha, num dos segmentos vai encontrar a Casa Butuller. Se não tiver alguma ligação pessoal ou familiar ao exército ou à vida militar, o mais provável é que não conheça esta Loja. É de facto um lugar pensado para servir um público específico. Vende condecorações e emblemas para militares (Exército, Marinha, Força-Aérea, Comandos) ou bombeiros. Também vende emblemas para capas de estudantes, se for esse o seu campo de batalha. Provavelmente um dos artigos mais requisitados é a "boina Buttuller", procurada por militares e agentes da PSP, pela sua qualidade e durabilidade. Em geral, continua a ser uma referência na cidade para quem procura este tipo de artigos especializados, alguns vendidos apenas com uma licença própria, licença esta que apenas umas quantas lojas possuem.

                    Fundada em 1847 por Miguel Buttuller, abriu primeiro na Rua da Palma como chapelaria. Os proprietários actuais compraram as cotas a dois ex-funcionários. Estes, por sua vez, receberam-nas em 1997 do último descendente do fundador, José Manuel Buttuller. Foram muitas as fardas que ali foram aprimoradas e valorizadas com pins, galardões e emblemas. O alargador de bonés, um curioso objecto, fala-nos da singularidade de cada farda, de cada militar, no meio da multidão homogénea que caracteriza estas forças colectivas. É aqui que percebemos bem, sobretudo na quantidade de objectos dedicados a pequenos acabamentos de chapelaria ou costura, o valor do detalhe e do particular desvio que somos todos nós, mesmo quando juntos comporíamos um pelotão de soldados aparentemente todos iguais. Esse atendimento personalizado é balizado pelo curioso balcão em curva, em que se separa o atendimento daquilo que são acabamentos. Em volta, pelas gavetas e armários encastrados e envidraçados, vemos um misto de objectos para venda e outros para exposição. É este o caso de alguns emblemas de forças de segurança estrangeiras. Não são para venda. Foram oferecidos por visitantes, alguns em troca dos emblemas semelhantes portugueses. A maioria dos produtos aqui vendidos são de produção nacional. Neste intercâmbio, a loja torna-se num espaço de partilha e troca de experiências, de estreitamento das relações, de boa camaradagem. Para isso contribuem em larga medida os longos anos de existência deste espaço, com uma fama que foi sendo construída encomenda a encomenda e a cada cliente satisfeito.

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                    Informações
                    • Rua Barros Queirós, 37
                      1100-076 Lisboa
                    • Segunda a sexta das 9h às 13h e das 15h às 19h/ Sábados das 9h às 13h
                    • geral@casabuttuller.com
                    • 213 423 471
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                      Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.