Carlos Guerreiro

Oficinas / Bairro Alto

  • © Lojas com História
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Começou a aprender o ofício com apenas 13 anos com o mestre Diogo Noronha, que mais tarde o convidou a integrar a sua oficina. Com 18 anos foi trabalhar para os arquivos nacionais da Torre do Tombo onde, ao longo de 20 anos, restaurou e encadernou centenas de livros antigos. Também trabalhou na oficina Jesus e Costa e deu formação. Em 1981, adquiriu o espaço de trabalho da rua de São Boaventura, fundado 40 anos antes por Celestino Matias, de quem herdou máquinas e ferramentas. É aqui que executa os diferentes trabalhos: encadernações simples e de luxo, douração a ouro fino e película e restauro de livros antigos ou raros.

Distingue-se pelo serviço exemplar, com pesquisa e aconselhamento, prestado tanto a particulares, quanto a instituições nacionais e internacionais. Recorrem ao seu saber-fazer profissionais das mais diversas áreas, sobretudo alfarrabistas, mas também escritores, designers, arquitectos e chefes de cozinha de renome. Os companheiros de actividade vão rareando e é hoje dos poucos artesãos em Lisboa dedicado ao ofício de encadernar, dourar e restaurar livros.

Conteúdos: Lojas com História

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    Bairro

    Bairro Alto

    Boémio é o mais natural dos adjetivos para qualificar o Bairro Alto, já que o local é famoso pela vida noturna que anima as ruas inclinadas desta colina lisboeta, onde em cada porta se abre ao exterior um bar, um restaurante ou uma casa de fados. Mas os dias no Bairro Alto, são igualmente cheios de vida com uma oferta eclética e criativa, lado a lado com as tradicionais igrejas e monumentos

    Caza das Vellas Loreto

    Casa e Decoração / Bairro Alto

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    É uma das lojas mais antigas da cidade e, entre as Lojas Com História, aquela que há mais tempo se mantém no mesmo local, na mesma família, e a produzir e vender o mesmo produto. 1789. Sete, oito, nove: esta sucessão ordeira de algarismos remete a uma Lisboa que nos pede um exercício de imaginação. É visualizar uma cidade extensamente rural, com os ofícios concentrados no Chiado e na Baixa e muitos vendedores de rua, carruagens, muito bulício e, claro, nenhuma outra fonte de luz artificial. A vela tinha um protagonismo neste tempo que necessariamente perdeu: era iluminação fácil de gerar e era portátil. Quando o progresso traz a iluminação pública, depois privada para algumas elites, primeiro a gás e só décadas mais tarde a eletricidade, o negócio confronta-se com o desafio de se atualizar e encontrar novas formas de pertinência. É isso o que a Caza das Vellas tem vindo a fazer tão bem ao longo dos tempos, acompanhá-los, conseguindo um equilíbrio dinâmico e difícil de encontrar entre tradição e modernidade, o valor da memória e do património e a atualização dos tempos, dos modos e costumes. 

    Entrar nesta loja hoje não só é um deleite para os sentidos (as cores, os cheiros, um certo refúgio ao barulho da rua) como é também uma experiência satisfatória ao nível de qualquer casa moderna, nas novas velas que vão sendo imaginadas e testadas e ali produzidas (veja-se os frutos ou as velas brancas com expressivas pinceladas a negro) e ainda, fortemente, um fantástico mausoléu de memórias e evocações de outros tempos.O relógio de pêndulo que encima o arco que separa a loja das oficinas e que nos relembra que o tempo já não volta atrás. Os altos armários envidraçados que terminam em pinos ogivais, e que lembram o formato da chama. A paleta de cores resultado da cuidada disposição das velas, que se vai alterando consoante as estações e a sensibilidade apurada dos lojistas, e que faz com que cada visita possa ter sempre um novo sabor. O característico aroma a mel e óleos essenciais que inunda o ar e ajuda a marcar a distância ao bulício da Rua Loreto lá fora. Nos bastidores, longe do olhar público, uma oficina a que chamam “fábrica” mantém os ancestrais processos de manufactura, como o arco de pau-santo, aliado a equipamento moderno.

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      Boémio é o mais natural dos adjetivos para qualificar o Bairro Alto, já que o local é famoso pela vida noturna que anima as ruas inclinadas desta colina lisboeta, onde em cada porta se abre ao exterior um bar, um restaurante ou uma casa de fados. Mas os dias no Bairro Alto, são igualmente cheios de vida com uma oferta eclética e criativa, lado a lado com as tradicionais igrejas e monumentos