Tabacaria Mónaco

Papelaria e Tabacaria / Chiado

  • © Lojas com História
  • © Lojas com História
  • © Lojas com História

Esta foi outrora uma paragem-padrão para fumadores e para todos aqueles que viam no tabaco um bom pretexto para se reunir, e conversar, trocar ideias, estar junto. Era não só paragem como também passagem, dado que o longo e estreito corredor que caracteriza a loja costumava ligar o Rossio à Rua 1º de Dezembro. Hoje está flanqueado por artigos relacionados com o tabaco, o charuto, jornais e revistas nacionais e estrangeiras. À porta, alguma confusão entre os souvenirs e a imprensa, entre os anúncios de tours e a mortalha, entre os livros de receitas tradicionais e um humidificador de charutos, denuncia as tentativas das diferentes lojas tradicionais de se manterem a par da crescente demanda turística.

Esta passagem pela qual já não se passa, é para alguns uma loja na qual já não se entra, e por ver e por deslumbrar fica o longo balcão e os armários em madeira do Brasil, a bica de água, os azulejos e as andorinhas de Rafael Bordalo Pinheiro, as pinturas nos vidros e os frescos no tecto de António Ramalho. Quem contrariar a tendência, não se esqueça de perguntar pelo singular corta-charutos, que é também uma lamparina, e ver cortar o charuto na cauda do gato. Mesmo atrás, a meio do longo corredor, esteve um dos primeiros telefones públicos da cidade, com a mais valia de ser abrigado. A invulgar instalação das andorinhas sobre o fio eléctrico seria talvez para a chamada telefónica que estava dentro se sentir lá fora. Ou seria talvez um firmamento contra a tristeza.

Conteúdos: Lojas com História

Informações
  • Praça Dom Pedro IV,21
    1100-200 Lisboa
  • Segunda a sexta das 9h às 19h/ Sábado das 9h às 14h
  • tabacariamonaco@sapo.pt
  • 213 468 191
Meios de pagamento em loja

    Bairro

    Chiado

    É considerado um dos bairros lisboetas mais trendy da atualidade, mas a verdade é que o Chiado nunca passou de moda. O seu charme foi bem evidenciado por grandes figuras das artes e das letras nos séculos XIX e XX, como Eça de Queiroz ou Fernando Pessoa, frequentadores desta zona numa Lisboa de outros tempos e que a ela aludiram nas suas obras.