Primeira Casa das Bandeiras

Oficinas / Baixa

  • © Lojas com História
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Um casal entra para resolver um problema bicudo: o pai é do Sporting, a mãe é do Benfica e a filha agora decidiu ser do Vitória de Guimarães…! Procuram uma solução para montar em casa um expositor de emblemas dos respectivos clubes, um que deixe todos felizes. Com boa disposição e algumas risadas debatem as diferentes hipóteses que a casa oferece: pins, bandeiras, galhardetes, pendões, crachás ou placas gravadas.

“Também temos aqui do Sporting de Braga….”

“Chi, isso é que não! São rivais!”
O problema não é de fácil resolução, mas com as diferentes soluções que a Casa oferece, é encontrado um compromisso.

Quando abriu, na Rua dos Correeiros, era uma alfaiataria. Em 1885, o alfaiate António de Almeida Cardoso, muda de ramo e dá-lhe o nome actual. Foi a primeira loja especializada na comercialização e produção de bandeiras em Lisboa. Deste Sr. Cardoso conta-se que era fervoroso republicano. Tendo ainda servido várias décadas uma monarquia, deve-lhe ter sabido bem ter sido na sua casa a confecção da primeira bandeira da República Portuguesa, em 1910. Entretanto a casa viu sair dali muitas outras bandeiras célebres, como as produzidas para a Casa Real Espanhola (uma monarquia, lá está, mas negócio é negócio…).
A mão que faz uma bandeira, hábil na costura e no bordado, é tão antiga quanto a necessidade de as ter: marcar território, identificar uma família ou projecto colectivo, fazer uma distinção, ostentar uma crença ou um poder. Tudo isto é quase tão antigo quanto o próprio tempo: a guerra, a hierarquia, a religião. Hoje, no entanto, a Casa das Bandeiras não serve só clientes militares, nobres e religiosos, mas também diversas entidades públicas e privadas – uma sociedade filarmónica, misericórdias, autarquias, empresas ou clubes desportivos. Mudam-se os tempos, mudam-se as identidades…

Conteúdos: Lojas com História

Informações
Meios de pagamento em loja

    Bairro

    Baixa

    Tradicional e majestosa, a Baixa de Lisboa (também conhecida por Baixa Pombalina) é de visita obrigatória para quem quer descobrir uma zona em constante evolução mas que soube manter o charme do passado. Deambular nas suas ruas simétricas e magistrais feitas a régua e esquadro, sucumbir aos encantos das suas praças imponentes, sempre com o rio no horizonte e uma história em cada esquina.