Belém and Restelo

Belém, a place of memory, culture and beauty A walk through Belém is a journey through history, as this is the neighbourhood with the largest concentration of heritage sites and museums in the country. And not even the usual bustle of tourists circulating through its streets and gardens cancels out the tranquillity with which the Tejo on the horizon offers us in all its splendour.

Passear por Belém é viajar na História, não fosse este o bairro que apresenta a maior concentração de património e museus do país. E nem a azáfama habitual de turistas a circularem pelas suas ruas e jardins anula a tranquilidade com que o Tejo no horizonte nos brinda em todo o seu esplendor.

Os emblemáticos monumentos como o Padrão dos Descobrimentos e o Mosteiro dos Jerónimos onde descansam algumas figuras incontornáveis da nossa história, como o navegador Vasco da Gama e o poeta Luís de Camões e os vários museus como o Museu Nacional dos Coches, o moderno Matt ou o icónico Museu da Eletricidade, fazem de Belém um local onde a cultura e as artes convivem num ambiente vibrante e inesquecível.

Mas Belém é também um bairro de contrastes. Se por um lado nos estimula a explorar e a conhecer toda a história das epopeias marítimas portuguesas, por outro, os seus amplos jardins, como os da Torre de Belém ou os Jardins do Império abrem-se num convite a desfrutar da natureza, de um piquenique na relva com vista privilegiada sobre a outra margem do rio, ou simplesmente a passear sem rumo.

Abraçado pelo Tejo, Belém é ainda presenteado com um clube naval para os que gostam de se aventurar pelos mares (já navegados) à vela ou a remo, marinas e docas, onde se reúnem os muitos barcos de recreio. Esta zona ribeirinha é conhecida por ser também um local privilegiado para a prática de exercício físico com uma vista deslumbrante.

Cultura, desporto e … gastronomia. Em Belém apuram-se todos os sentidos. Não fosse este bairro também (muito) famoso pelos pastéis de Belém. Tanto que costumam reunir-se filas à porta da Antiga Confeitaria de Belém de quem não resiste passar por lá sem provar este doce, verdadeiro embaixador da nossa portugalidade. É uma iguaria única, mas que não desvirtua a vasta oferta gastronómica de Belém, preparada para receber todos os gostos e paladares, bolsas e até mochilas.

Dos monumentos à calmaria de um Bairro burguês: Restelo

Depois do passeio pelo local de onde os navegadores portugueses partiram à conquista do mundo, subindo as ruas perpendiculares ao rio, chega-se ao Bairro do Restelo.

Este Bairro predominantemente residencial e muito tranquilo, de ruas largas e grandes vivendas rodeadas por jardins, antigamente habitado essencialmente pela alta burguesia, acolhe hoje várias embaixadas, escolas e serviços. Considerado um “tesouro” da zona ocidental da cidade de Lisboa, no Restelo cruzam-se gerações de famílias, que têm na esplanada do “Careca” um ponto de encontro marcado para saborear os famosos (e deliciosos) croissants.

Belém e Restelo são tudo isto: a vontade de não perder seja o que for e de ter tudo à distância de uma passada. E mesmo com o rebuliço dos turistas, muito comum nesta zona, há sempre um lugar tranquilo, um recanto de contemplação para o Tejo ou uma opção para saborear alguns dos pratos mais famosos da gastronomia tradicional portuguesa.

 

Sabia que…

No dia 1 de novembro de 1755, aquando do grande terramoto de Lisboa, a família real escapou à morte por se encontrar no Paço, que agora é o Palácio de Belém?

 

Expressões nascidas no Bairro

A expressão “Velho do Restelo”, ainda utilizada nos dias de hoje, foi introduzida por Luís de Camões n’Os Lusíadas. O Velho do Restelo simboliza os pessimistas, os que não acreditavam no sucesso da epopeia dos Descobrimentos Portugueses.

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